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Debêntures: boa oportunidade em títulos privados

Por Edna Sacramento, CFP®


Já ouviu falar sobre investir em Debêntures? As debêntures são títulos privados emitidos por empresas, muito atrativos para investidores. Estes títulos, geram um direito de crédito ao investidor que têm direito a receber uma remuneração do emissor pela utilização dos recursos aplicados, e depois de determinado período o emissor devolve o valor investido mais rendimento. No Brasil, as debêntures constituem uma das formas mais antigas de captação de recursos por meio de títulos.


As debêntures são emitidas por empresas de capital aberto ou fechado e são utilizadas para financiar projetos ou reestruturar dívidas da empresa.

Todas as debêntures têm suas características descritas no ato de sua emissão que, entre outras questões, poderá estabelecer em qual projeto a empresa privada irá aplicar os recursos captados. O interessante das debentures é que estas podem ser conversíveis em ações e participação nos lucros para atrair mais investidores.


Como são títulos que pagam juros ao investidor, as debêntures podem ter remuneração de taxa de juro prefixada; ou pós-fixado com remuneração ajustada por taxa fixa mais indexador, por exemplo, taxa referencial (TR), taxa de juros de longo prazo (TJLP), taxa básica financeira (TBF), entre outras; alternativamente, é permitida a emissão de debêntures com cláusula de correção monetária de títulos públicos federais, variação cambial ou índice de preços ajustada para mais ou menos uma taxa fixa. As debêntures são títulos tributáveis e a incidência ocorre conforme tabela regressiva.


Para os investidores, aplicar seus recursos em debêntures agregam algumas vantagens:

  • Diversificação de investimentos: debêntures são ótimas alternativas de renda fixa que oferecem diferentes tipos de indexação, como por exemplo, remuneração a taxa fixa + IPCA.

  • Conversão em ações: o investidor que aplicar recursos em debêntures conversível em ações, e de investidor de um título de crédito privado por se tornar acionista da empresa emissora.

  • Negociação antecipada: o investidor pode sair antecipadamente ao negociar o título no mercado secundário. Lembramos que a negociação no mercado secundário pode implicar ágio ou deságio.

  • Rentabilidade: no comparativo com outros produtos de renda fixa, as debêntures podem apresentar rentabilidade mais atrativa.

Para as empresas, emitir debêntures geram as seguintes vantagens:

  • Captação de recursos para investimentos: empresas utilizam a emissão de debêntures como alternativa ao financiamento bancário e tem possibilidade de alongar passivos da empresa através da captação de recursos junto a investidores para projetos específicos no Brasil e no exterior.

  • Securitização de recebíveis: a securitização de recebíveis é uma operação que envolve a venda dos recebíveis de uma empresa originária para uma segunda, esta qualificada como sociedade de propósito específico (SPE) e a SPE tem como objetivo acolher créditos que podem ser adquiridos através de recursos provenientes da emissão de debêntures.

  • Flexibilidade do valor mobiliário: as debêntures são títulos bastante flexíveis que viabilizam a montagem de operações de médio ou longo prazo conforme as necessidades da empresa emissora. A flexibilidade se dá principalmente pelos termos de garantias, o prazo, a possibilidade de conversão em ações e o tipo de remuneração, que maleáveis, e possibilitam oferecer repactuação ou mudança de suas características pela assembleia geral de debenturistas.

Os tópicos abordados neste artigo não são recomendação ou indicação de investimento, são essenciais para qualquer pessoa entender sobre educação financeira.


Para saber mais sobre finanças e investimentos acompanhe os conteúdos da Multiplique, inscreva-se nos cursos ministrados e fique por dentro!


Sobre o autor:

Ednar é graduado em administração de empresas, atua como assessor de investimento com especialidade em renda variável pela XP Inc. Certificado pela Planejar CFP e pela Anbima CEA, trabalha no mercado financeiro desde 2007 e iniciou no pregão viva-voz e eletrônico da B3. Antes da XP atuava como assessor de investimentos para renda variável no banco Itaú Personnalitè.


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